Entre médicos, enfermeiros e cuidadores, características como empatia e paciência são importantes para quem trabalha na área
Assim como localização, estrutura e serviços são elementos fundamentais no momento da escolha de uma casa de repouso, ter profissionais qualificados também faz toda a diferença. Além da formação, outras características também são indispensáveis para quem trabalha com esse público.
“É um serviço muito assistencial e que precisa colocar a mão na massa”, afirma Paula Gomes Loyola, diretora da SeniorOnline e especialista em Gestão Geriátrica pela Business School Barcelona (EADA). “Por um lado precisa ter muita paciência, saber lidar, ter uma abordagem tranquila e, até mesmo, uma boa dicção, já que muitos idosos têm problemas de audição. Por outro, também são necessárias pessoas mais enérgicas e que tenham mais postura”.
Em geral, como explica Paula, os lares trabalham com técnicos de enfermagem e pessoas que tenham curso de cuidador ou auxiliar. Funcionários dos setores de limpeza, cozinha, além de médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, nutricionistas, entre outros, também participam da rotina das casas, mas não têm um contato tão próximo com os idosos.
Ainda assim, independentemente da formação, ter empatia e compreender as características do público é primordial para um trabalho de sucesso. “Os idosos têm muito a oferecer e é preciso viver isso sem um sentimento de pena, somente. Saber que nosso comportamento tem efeitos diferentes em uma pessoa de idade. Um cuidador não pode pentear o cabelo de uma idosa com pressa, por exemplo, já que eles podem receber isso como uma agressão, desrespeito”, explica.
Relacionamento com a família
Assim como com o idoso, ter um bom relacionamento com a família, compreender diferentes situações e alinhar as expectativas também é importante. “É preciso acolher a família. As vezes demora para os filhos perceberem que o pai ou a mãe já não são mais independentes e algumas reclamações de coisas simples começar a aparecer. Isso tudo é natural e faz parte do processo de adaptação, e os profissionais devem estar preparados para lidar com situações assim,” conclui Paula.